quinta-feira, 6 de agosto de 2009

"Desalinhos do amor"

O amor verdadeiro não é simples e barato,
é tal qual um animal que nunca pode ser domesticado.
O amor é um lampejo,
o melhor fruto da estação,
de mansinho traz o vento,
subitamente torna o inculto inspirado.
O amor é sublime diversão,
é rota para o paraíso,
mas também traz muita decepção,
trocadilhos para muita emoção.
O amor não traz sufoco,
não traz medo e tampouco desilusão,
é alimento para a alma,
é muito nobre sua canção.
O amor é um desassossego,
é soberba sua inspiração,
quem ama tem apego,
quem não tem,
nunca experimentou desta magia.
O amor é conta-gotas,
não transborda teu coração,
é dosagem na medida,
não se acha na esquina,
é tudo o que contagia.
O amor não tem idade,
não tem preço e não é produto de exposição,
quem achou é pedra rara,
não mais se verá perdido.
O amor é tudo do que já foi falado,
poesias muitas, amor pueril,
frases sem hipocrisia,
muito mais que mero pedido.

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